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Mostrando postagens de setembro, 2009

A perda da realidade na neurose e na psicose – Freud. Volume XIX

Comentário Acadêmico do caso. Analogia das diferenças patológicas. A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE Freud, S., 1924 Na neurose o ego suprime uma parte do id devido a sua dependência da realidade que teoricamente seria mantida, o que nossa observação contradiz. Na psicose o ego a serviço do id, afasta um fragmento da realidade (o incômodo) – há perda desta. Neurose: na primeira etapa ego se dispõe à repressão de um impulso do id, na segunda etapa o fragmento de realidade ligada aquele este será modificado, como uma compensação, uma reação à repressão, ou uma falha desta. Podemos fazer uma analogia com a psicose : na sua primeira etapa o ego seria arrastado para longe da realidade, e na segunda haveria uma reparação do dano, restabelecendo as relações com a realidade com o id, ou seja, é criada uma nova realidade que não envolva frustrações do id. Nos dois casos percebemos a rebeldia , ou a incapacidade do id em acei

SUBJETIVIDADE SEM PSICOLOGIA 3 - por João José R. L. Almeida

Introdução O fracasso epistemológico da psicanálise poderia, entretanto, converter-se numa proposição positiva se abandonássemos a pretensão de legitimação científica e deixássemos de lado a multiplicação de entidades metafísicas explicativas. Neste caso, a psicanálise deveria ater-se somente à sua tradição, a clínica do inconsciente (dos atos inconscientes), sem perder-se nas filosofias. Bastaria, para isto, dispor de uma carga metafísica suficientemente mínima para dar conta do setting analítico. Como isto poderia ser feito? Sabemos que a clínica psicanálitica se estabelece com a transferência. Na realidade, o que se chama de “transferência” é, usando outro modo de expressão, um jogo que se resume por uma “regra fundamental” . A “regra fundamental” é o componente constitucional da psicanálise. É o penhor da sua tradição. E o que se chama de “fundamental” na psicanálise é a fala, ou a relação, possível e necessária, entre o analisando e o analista. Pela regra fundamental da

SUBJETIVIDADE SEM PSICOLOGIA 2 - por João José R. L. Almeida

Introdução Um dos maiores problemas filosóficos da psicanálise tem sido o de definir o estatuto da sua teoria, o que envolve esclarecer e justificar seu conceito central, o de inconsciente. Isso pode ser demonstrado nas psicanálises de Freud e de Lacan. Para executar esta tarefa, Freud concebeu sua teoria nos parâmetros de uma ciência natural, adotou uma concepção representativa de linguagem e constituiu uma metapsicologia afigurada em um espaço lógico. A espacialização do inconsciente, porém, isto é, a sua descrição topográfica e vazada em termos de propriedades e relações, obriga à validação da teoria dentro de normas que a psicanálise não pode, simplesmente, cumprir. Além disso, dirige a clínica ao encontro de verdades pontuais e causais que tampouco se verificam. Lacan, no seu retorno a Freud, evitou incorrer no mesmo tipo de confusão conceitual, temporalizando o inconsciente. O tempo lógico é fundamental não só para a clínica lacaniana, é também decisivo para todos os seus

SUBJETIVIDADE SEM PSICOLOGIA - por João José R. L. Almeida

Apresentação Desde 1956, portanto há quase meio século, permanece sem resposta a pergunta que Georges Canguilhem dirige à psicologia: “dizei-me aonde vais para que eu saiba o que sois?” (1958, p. 381). Mas o argumento que aquece, prepara e apresenta a pergunta lembra um incômodo ainda mais antigo. Quase trinta anos antes, em 1928, outro não menos brilhante escritor e crítico, Georges Politzer (cf. 1998), derramava suas angústias a respeito da Gestalt, do behaviorismo e da psicanálise, e propunha uma psicologia concreta – antes de desistir totalmente da empresa dois anos depois. Não é uma coincidência fortuita que ambos desemboquem na crítica ao estatuto científico das várias psicologias, já que as marcas das fontes kantianas estão presentes nos dois lugares. Se a psicologia situa-se no âmbito da antropologia, ela não pode senão fazer descrições. Apoiando-se na mesma base, Canguilhem, no entanto, não postula uma solução própria, à diferença de Politzer não faz o papel do constr

FISIOLOGIA - GUYTON - CAPÍTULO 39

Princípios Físicos das Trocas Gasosas; Difusão de Oxigênio e de Dióxido de Carbono Através da Membrana Respiratória Após a ventilação dos alvéolos com ar fresco, a próxima etapa do processo respiratório consiste na difusão do oxigênio dos alvéolos para o sangue pulmonar e do dióxido de carbono na direção oposta. O processo de difusão consiste simplesmente na movimentação aleatória das moléculas que se entrecruzam nas duas direções através da membrana respiratória. Todavia, em fisiologia respiratória, não se deve considerar tão-somente o mecanismo básico pelo qual ocorre à difusão, mas também a velocidade com que ela se dá. Este é um problema muito mais complexo, que exige compreensão mais profunda da física da difusão e da troca gasosa. FÍSICA DA DIFUSÃO E PRESSÕES GASOSAS BASE MOLECULAR DA DIFUSÃO GASOSA Todos os gases de interesse em fisiologia respiratória são moléculas simples que são livres para se movimentar entre si, constituindo o processo denominado "difusão". Esse p

Aconteceu e pronto...

A doença estava disfarçada como um inimigo oculto Quantas noites se passaram para se descobrir que as ânsias eram sinais conflitantes de que alguma coisa estava por acontecer, nos trabalhos e com algumas dores suportáveis, num emprego sem convênio e assistência médica, colocando-se a disposição de momentos longos nas filas de emergências dos postos do SUS. Até que um dia... Um novo emprego, com proposta animadora de proventos, e bom convênio e assistência familiar... mas, alguns meses depois (providência divina, com certeza), as novas crises surgiram e agora com mais força, de maneiras a ser lançado com emergência em internações. Dias vem, dias vão, e a doença se instaura e com diversos exames vem o laudo "Retocolite ulcerativa inespecífica" ... Levando-me imediatamente a afastar-se das atividades laborais e ao INSS. O terrível medo, pelas concepções duvidosas para com esta instituição da administração pública... e para se concretizar haviam erros na administração privada ond

Esta fez o que podia!

Um certo dia estava lendo e meditando na bíblia sagrada, e encontrei a passagem de uma mulher, que tinha muitas dificuldades, que na visão política-religiosa, era impossível até mesmo de estar alí (era prostituta), mas rompeu em sí mesmo a própria barreira, o preconceito que já estava impregnado nela por intermédio da sociedade. Aquela mulher ouve as pessoas falarem de um certo homem e se dirigirem a uma casa, de um certo varão chamado Simão, onde aquele homem estava, e todos o ouviam. Ela não queria cura, pois não estava doente, não queria comida, pois não estava com fome, ela queria carinho, atenção, ajuda emocional e alguém que lhe ouvisse, apenas isso. Dirigiu-se até aquele local e percebeu que todos os que estavam alí, tinham levado alguma coisa a oferecer, o próprio anfitrião, fizera um grande banquete para ele. Então ela ouve alguem chamá-lo de Jesus, o messias filho de Deus, naquele momento os seus olhos brilham, e ela diz consigo mesmo, eu guardei um presente para este dia, fo

8º ECOMAD - Guarulhos - São Paulo

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08 a 10 de Março de 2008 Encontro dos Coordenadores de Mocidade da Assembleia de Deus Ministério do Belem São Paulo - SP

A vida da gente...

In digente, simplesmente... Ca nta e clama, para esquecer os dissabores, dificuldades e impropérios; A paz que sentem é dor e na alma aflita sente pavor, angustia e agonisa; Calafrios são sempre presentes, ausentes e temerários... Olhar atento dos normais, atento até demais... e só atento, alento nunca mais, de mais e mais; Informação e atenção loucura elocubração... Neste momento sólido, inconstantes e frágeis, sondáveis somos e esquadrinhados, como se metêssemos medo e pavor, num breve momento de amargor... Não estamos numa jaula, não somos iguais, e sim anormais e não estamos trancafiados... Estamos livres, e amarrados nos olhares e expulsos nos aconchegos, ... (a chamada acepção acéptica) lúdicos e na despresível manobra dos infiéis, a bela projeção retórica dos palcos e tribunas em Oásis de verbalizações... Queremos ser e poder dizer... Somos livres que presos estão num arcabouço de uma amalgama de agonias e desilusões... Somos livre de quem não consegue vencer as próprias am