A mensagem e o público
Quando começamos a pregar, temos que crer, que os ouvintes, são espirituais, ou ao menos entre eles, haja pessoas espirituais. Ao produzirmos um sermão expositivo, temos que ter em mente que estamos falando a um povo seleto, falamos ao povo de Deus, pessoas que também foram salvas e que no dia a dia, passam por provações e tribulações, tais quais as nossas. E quando nos preparamos, para falar com este povo, devemos temer acerca da nossa fidedignidade à mensagem que Deus nos deu, o povo que a receberá, e o contexto pragmático em minha vida, ou seja, quando prego aos homens, prego a mim mesmo e na presença de Deus, para homens e mulheres, que também possuem discernimento espiritual, acerca do que estamos falando.
Enquanto estamos começando a tecer os comentários, acerca da mensagem, quantos já não estão percebendo o curso da pregação!
Sentido aos sentidos:
Não aprendemos nós na escola na matéria chamada "Leitura e Produção Textual" que é preciso que um texto, tenha começo, meio e fim? E que o famoso "TCC" na faculdade ensina-nos que, devemos apresentar uma investigação, acerca de um determinado assunto, apontar os problemas e nas considerações finais indicar as soluções cabíveis e a sua conclusão?
Deus, quando nos apresenta as sagradas escrituras, desenvolve como tudo começou, os problemas na continuidade, e a solução, ou seja, começo, meio e fim. Doutra forma, não entenderíamos nada, mesmo que há alguns pontos difíceis de entender, de forma anacrósticas (fora de ordem cronológica)
Excesso no acesso:
Então vemos alguns pregadores, com mensagens sem começo, sem desenvolvimento, e sem conclusão. Começaram um assunto sem objetivo a serem alcançados, e se perderam no caminho e terminaram como começaram. A mesma coisa acontece quando uma embarcação entra a navegar em Mar alto, e não leva mapa e nem bússola, com certeza se perderão. Pois na palavra de Deus, encontramos tantas coisas maravilhosas para se falar, que se não houver preparo espiritual, e objetividade, podemos ficar demasiadamente alegres, como os discípulos quando viram a Jesus ressureto, que não estavam acreditando. Não quero ignorar que Deus pode mudar a mensagem na ora da exposição, mas duas coisas podem estar acontecendo: Ou o pregador recebeu a mensagem e não se preparou, ou não se preparou e se perdeu na mensagem!
Metralhadoras sem alvo:
Pregadores começam a produzir palavras sem objetivos e pregam a respeito de tudo o que vem a cabeça, se for assim, nunca vai terminar, e quando terminam os ouvintes ficam com um sinal de exclamação!
Somos obreiros e mensageiros, com uma mensagem como projéteis de nossas armas, ou flechas na aljava. Estamos carregando nossas armas espirituais, e não preparamos as munições. A biblia diz que deve haver depósito espiritual, ou seja, oração, leitura e meditação, preparamos os nossos sermões, e não pregamos, mas como flexas estão sendo guardadas para o momento certo!
O alvo:
Não sejamos motivo de sonolência no entendimento dos ouvintes. A pior coisa, é pegarmos um livro para ler e não compreendemos do que se trata o assunto, assim como o Etíope. Estamos olhando para o público, mas não devemos ser intimidados por ele, a sua vez chegou, Deus te levantou para falar ao povo dele e você também é dele, entregue a mensagem com simplicidade naquilo que Deus te preparou. Não chegamos ao altar sem nada, não foi por acaso, não foi por merecimento, pois conheço tantos personagens eloquentes e sábios na palavra, que estão sentados ouvindo você se expressar na oportunidade que Deus lhe concedeu!
Não erre o alvo, querendo acertar outras coisas. Você sabe o que tem que ser falado, preparado está a mensagem, e você quer a substituir por paliativos, por causa da intimidação expectante dos presentes. Lembre-se, Deus te concedeu a oportunidade para falar aquilo que ele te inspirou ao estudar, não a mude para agradar ao pastor ou aos ouvintes, na verdade devemos respeito a eles. Portanto, se você não tiver outra oportunidade, talvez seja, porque você não confia na simplicidade da voz de Deus!
O objetivo da palavra:
Paulo disse que toda a palavra inspirada, serve para a edificação, exortação e consolação... e sabemos que o que passar disto é de procedência maligna. Nosso objetivo não é para intimidação, envergonhamento ou como se o público fosse o nosso inimigo. Pois a o que recebemos dEle, dever servir para a salvação, por intermédio de uma mensagem piedosa. Devemos lembrar que dantes, éramos perdidos e não merecíamos a salvação, e estavamos destinados a condenação e Deus enviou o seu filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas, para que o mundo fosse salvo por ele.
Um certo pastor, amigo meu, disse para mim, desculpa por você não ter pregado hoje, mesmo que o seu nome estivesse na escala, e eu sabia, mas disse a ele: a mensagem é de Deus, e se não falei, ela está na aljava (no forno). Deus usa a quem quiser, e na hora que quiser, do modo que quiser, mas deve haver preparo. Imagine se no momento que você precisar de uma flexa, colocar a mão na aljava e não tiver nenhuma! Vejo pessoas sem tempo para se prepararem, se preparando em desespero no momento que deveriam estar se aquecendo, mas, graças a Deus, que é Misericordioso, e da uma ajudinha.
Sempre que venho ao culto, nas pregações que ouço, aprendo sempre com os diletantes pregadores, e sinto uma inspiração para uma ou mais mensagens, e as preparo, quando fico a sós com Deus, transformando-as em flexas e as coloco na aljava.
Quando o pastor me chamar, coloco a mão esquerda no arco, a mão direita na aljava e pego um flexa preparada por Deus para este fim! E antes disso, estando sempre orando, suplicando graça, para que quando chegar a hora, Deus possa acertar o alvo pela instrumentalidade do seu servo!
Glórias a Deus!
Amém!
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