Wagner Barros de Jesus

Quando achamos que a Vida é o show  e as circunstâncias são os palcos... e as nossas apresentações ficam sem sentido e a platéia perdeu a graça... O canto perdeu a melodia e voz sua sintonia harmoniosa... Nos momentos em que todos os de perto, parecem estar bem longe e nos sentimos isolados e indisposto a se defender... Quando a sua direção vai de encontro aos ventos da inquietação e o silêncio parece um "grito" no oculto de sua volitividade... Quando percebemos que a nossa apologia nos fez assentar no banco dos réus... Onde o Juiz é a contradição do acaso e o Meirinho a expressão da indiferença... Mesmo quando o Rei não se importa com a  condução da criança a governar o crepúsculo da vida da sociedade... Será isto o rasgar do véu e o apagar das luzes do presente sem o vislumbre do amanhã? Sempre achamos que a Vida era o show... mas confundiu-se com o palco... e destruiu a conexão com a circunstância...

Num mundo que está se modernizando a passos largos... Onde o imediatismo... o fastfood... a informatização das coisas... Geram a cada instante pessoas insensíveis e insaciáveis ou que se deixaram cair no esquecimento... Estamos em arquibancadas enlevadas como Jonas... vivendo uma perspectiva eletizada... onde ainda conseguimos nos enfadar por causa das aboboreiras que nascem num dia e murcharam em outro... ainda nos enfadamos com o Sol quente sobre as nossas cabeças... ainda nos enfadamos  com o vento calmo e oriental... ainda nos enfadamos com as almas indignas aceitando o evangelho... ainda nos enfadamos com os enfadados... E vai uma cutucada... Num tempo de restauração otimista... Onde se pretensiosamente deseja restaurar um carro antigo ao seu estado original, mesmo estando inserido num mundo, onde nós pregamos um evangelho de supermáquinas modernas e voadoras... Será que encontraríamos entre nós ainda um menino com 5 pães e 2 peixinhos... onde todos nós desprezamos a unidade e