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Transcrição: A Gramática Amorosa da Amizade

Transcrição de parte do texto: - Ágora: - Estudos em Teoria Psicanalítica ISSN 1516-1498 versãoimpressa Ágora (Rio J.) v.10 n.2 Rio de Janeiro jul./dez. 2007 doi: 10.1590/S1516-14982007000200011 A grande diferença entre o amor e a amizade, como escreve Michel Tournier, "é que não pode haver amizade sem reciprocidade." Ele tem razão, pois não se pode ser amigo de alguém que se recusa a sê-lo. O amor, em compensação, nem sempre é pago na mesma moeda, e isso desde os primeiros anos de vida, desde que, na criança, nasce o sentimento amoroso dirigido à mãe, e isso desencadeia a decepção de não ser tudo para ela. Basta, como Freud notou de maneira precisa em 1920, que uma nova criança surja na casa para que a mais velha se dê conta da "amplidão do desdém em que seu quinhão se transformou". Assim, desde muito cedo, o pequerrucho é desencorajado e decepcionado em sua demanda de amor exclusivo. Ele deve partilhar a pessoa amada com outros, sendo preciso