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Mostrando postagens de maio, 2022

O centrípeto certame!

Há uma batalha fortemente armada... Seu poder bélico, apoia-se de forma velada... De um lado, sendo meigo e sutil, a paixão; De outro, consciente e taciturno, o amor; Este, nos assegura a certeza de quem ama! Aquele, queimando na incerteza e lancinante como chamas! No interim deste certame incólume segue ferido, sobrevivendo o coração! Puído pelo vilipêndio sentimento de perda e desequilíbrio da emoção! Suas lágrimas tombam como soldados, combalidos no terreno árido e sem abrigo... Procurando se agarrar em algures de nenhures amigo! Ouve-se o palpitar taquicárdico ansioso, alimentado pelas quebras dos limites olvidados... Assim seguem feridos e abatidos os nobres e fiéis soldados... Sua vista apresenta-lhe como miragem seu oásis devaneio... Então, levanta-se iludido em sua direção mesmo em seu cambaleio... Sua voz se torna rota em seu pusilânime soneto ... Será esta a direção ou em alhures que apeteço? Estagnado não poderemos estar, não obstante, em movimento devemos em algures chegar.

O inverno chegou...

Chegou o inverno, ele mesmo chegou... Trazendo em sua bagagem muita surpresa para quem não se preparou... Montado em seu ágil vento assolador, crepitando árvores e derrubando o calor... Disputando pela manhã e neutralizando os raios solares, sem se importar se este ou àquele, assolares... No apagar das luzes tênues daquele, gabora-se ao afugentar os valentes as suas tocas... Sendo a rua somente sua e os ventos ruivantes, soando como sua cantilena favorita... Sopra e sopra até quando podes soprar, e assim mais frio do terrível leste nos trará... Aqueça-te então tu, no aconchego e no calor de tua família e nas recâmaras do teu lar...  Até que este frio intenso venha a desistir e permitas a luz do sol brilhar.

My Dear Brother

Mais uma vez me peguei pensando em você... Muita gente nem se lembra mais... Do seu rosto... Da sua voz... Do seu jeitinho... Ah! Eu me lembro de seus conselhos... Dos momentos bem juntinhos... Daquele passeio, e dos puxões de orelha.. Suas críticas eram transparentes... Seu tom de voz, alimentava acertos... Você foi mais que um irmão, foi... Um pai... Um mentor... Um sofredor... Eu sinto de novo aquela sensação fálica de sua ausência... De novo, percebo a sua carência... As tuas fraquezas receberam o poder da transferência... Minhas meninas estão grandes, tenho certeza que você gostaria tanta delas...  A minha primeira é microempresária do ramo pedagógico... Estes dias eu vi seu primogênito, tão forte e bonito... ele é um salvador de pessoas em chamas abrasadoras... Nós, estamos tão distante daquele seu projeto de família unida... Cada um alimenta uma distância indissociável e indescritível... Lembra quando brincávamos todos ao redor da mesa com papéis e lápis... O futuro que estamos

Um lugar ao Sol...

Elas escorrem pelo rosto e logo se vão Não há forças nem sentidos para tal proeza; Em seus soluços encontramos espasmos tropicais que se amontoam nos Jardins... Com cheiro de Jasmim... Sua canção torna-se irritante a cada apreço, mesmo assim, acordamos para uma realidade sem alternativa... Pra que servem as iniciativas? Suas lembranças oníricas, se perderam como fumaça há muito tempo... Seu tempo... Este tempo! Pois ainda acreditamos que possa estar quente, aqui ou ali... Estávamos exasperados em meio a todo este rescaldo, então, gritamos ao vento e ninguém nos ouve... Socorro! Está é uma melodia para fracassados, tombados... Pra que lutar e tripudiar sobre lobos famintos? Hoje mesmo, lutem por suas escolhas e sofram aprisionados pelas consequências... Dizia um pensador! Franzindo a testa de tamanha dor... Lancinante ardor... Ah! Se pudéssemos parar um pouquinho e nos refrescarmos com as gotículas que ficaram da última tempestade! Estamos sozinhos entre o tempo que nos resta, e algo qu