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Mostrando postagens de maio, 2021

O fôlego...

Desejo apenas um norte Um tronco boiando sem sorte Que me esbarre Que me acerte Que me corte! Arfando aos bramidos das marés Sussurrando apelos féretros Aos que afundam até aos pés Quiçá os pulmões fossem balões Na percepção caótica na horizontal tornando a distância infinita como tal Obstante respiração no rescaldo Onde nada sobrando, nem descalço Num bipe agudo, longo, lancilante Tomando um alento em tanto Rejeitando o sonho num instante Manipulando pensamento de espanto Se ao pescoço sentes o laço e o frio Padecendo o corpo neste mesmo rio A densa ilusão era a vantagem De toca-la sem tom e sem acorde Qualquer um dava apenas miragem Despertos não querem que acorde Apenas desejava um tronco Nas marés truculentas no alto mar Sem folhas, nem réstias boiando Somente minhas desilusões de amar Quais deles sonham acordado? Quais despertam como nobre soldado Sinto-me meio tonto profanado Na onírica de todo maculado! Ah aquela canção rude e ríspida Capacitando meus ouvidos d'alma Que uma

Poesia: Entre nós....

Eu me descobri no seu caminho... Tive devaneios por seu destino... Realizamos o inacreditável, mas continuamos juntos... Os da fileira debaixo desejaram e subiram e nós flutuamos... Mesmo sem apoio dos fortes nos mantemos resolutos em nossa fraqueza... Isto foi realmente uma grande proeza... Tardes e noites de lágrimas se passaram e chegaram as madrugadas... Então, sentimos o seu perfume em eflúvio pela brisa... Era o desabrochar de uma nova conquista... Onde embasbacado ficou, aquele que de nossa parceria debochou... Eles cresceram, absorveram a conexão de nossa união, aprenderam e a família cresceu... Ninguém ousava nos intimidar, porquanto éramos e falávamos uma mesma sintonia que alegria... Até que as puérperas nos trouxeram novos desafios e questionaram nossas abordagens e tão tão somente adoeci... Optativamente, lançaram os seus rostos sobre o fálico e o cálice ausentou-se o mel... Oh que tristeza, ficar bem propínquo vendo seu produto doce se tornar como féu... Fugiram de meus o

Poesia: A Despedida

Lacrimejantes estarão os olhos daqueles que verão; Embargadas vozes daqueles que se despedirão; Célere será o coração de todo o que ficou... Entregando ao destino seu verdadeiro tino e direção! Sinto doer na'lma  o desejo de me esconder para não ter partipação na tua partida meu amigo e querido irmão; Não tristeza em minhas toscas palavras... Somente o aperto nas almas lavradas... Pelos pensamentos que em nós em entra produzidas Pelos confortos que em nós nos fora conduzidas Não seria a dor pelo que tu levas Mas seria a dor pelo que tu deixas Deixas desejo de ir e ficar Deixas o anseio de muito se falar A dor que nos alegra por ser tão abençoado... O analgésico que nos alivia é que será bem aproveitado... Feliz serás em todos os teus caminhos e descaminhos... Prosperarás em todas as direções não importa os corações... Não desejei estar aqui para com agridoce sensação te ver meu pastor partir... Lutei contra o sim e contra o não... Para não buscar destas coisa

A Lembrança se esqueceu

Esquecemos de mencionar que as lembranças são dádivas divinas... Mas nos esquecemos que a presença em si é uma lembrança... Quando a presença é sentida antes da partida já gera a dor da saudades... Quando a ausência é sentida temos a sensação febril do abandono... Ser lembrado não está em poder retribuir, mas na capacidade de poder sentir... Ser lembrado não é uma dívida é uma dádiva em satisfação... E lembrou Deus do seu povo... Um sentimento forte, que há em nossas bases relacionais, do eu e do outro; A ausência de lembranças do outro são marcas no tempo do tempo... Não estão nas agendas do alheio mas do próximo sentido... Não há quem se lembre do tempo em que foi lembrado, há somente que se  lembre do tempo em que foi deixado... As lembranças não são vias de mão única das palavras... As lembranças são marcas que trazem ao lume as promessas... Deus não se lembrou do porquê se esqueceu de nós... Deus se lembrou do porquê nos esquecemos dEle... Todo esquecimento

Poesia: Quando as flores caem

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  Quando as flores caem... Os pássaros se aninham E os olhos se enrubescem E torna-se baixo o ruído das cantilenas A canção melodiosa dos ventos se faz audível Calorosa fogueira obstasse as brisas outonais Doravante a este cenário, reage um doce fulgor Que no interpelar nobre em ardor Em taciturno contrafaz sua exposição com ímpeto Neste dia tão cintilante e inebriante paixão Declarar aos quatro recônditos emocionais Este momento que nos salta de prazer e admiração O contraditório fenômeno de alegria por ter neste melodioso dia O favoritismo por tua vida Nobre vida que alegria... Mamãe tua és a oportunidade que mais pujante de uma luta que vence as labutas e procelas de cada instante Na mesma noite em que as flores caem neste período mais nobre dos ventos outonais...

Poesia: Canção de Outono - Cecília Meireles

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  Canção de Outono Perdoa-me, folha seca, não posso cuidar de ti. Vim para amar neste mundo, e até do amor me perdi. De que serviu tecer flores pelas areias do chão se havia gente dormindo sobre o próprio coração? E não pude levantá-la! Choro pelo que não fiz. E pela minha fraqueza é que sou triste e infeliz. Perdoa-me, folha seca! Meus olhos sem força estão velando e rogando aqueles que não se levantarão... Tu és folha de outono voante pelo jardim. Deixo-te a minha saudade - a melhor parte de mim. E vou por este caminho, certa de que tudo é vão. Que tudo é menos que o vento, menos que as folhas do chão... Cecília Meireles , Poesia completa: Volume 2. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

Poesia: Você tem aquele olhar de novo

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  Você tem aquele olhar de novo! You've got that look again! O que eu esperava ter quando era mais jovem The one I hoped I had when I was more young Seu rosto está apenas radiante Your face is just beaming Seu sorriso me fez vangloriar, meu pulso em uma montanha-russa Your smile got me boasting, my pulse Roller-Coastering Enfim, os quatro ventos que sopram Anyway, the four winds that blow Eles vão me mandar velejar de volta para você They're gonna send me sailing home to you Ou voarei com a força de um arco-íris Or I'll fly with the force of a rainbow O sonho de ouro estará esperando em seus olhos The dream of gold will be waiting in your eyes Você sabe que eu faria quase tudo que você quisesse You know I'd do most anything you want Ei eu tento te dar tudo que você precisa Hey I, I try to give you everything you need Eu posso ver que isso atinge você I can see that it gets to you Eu não acredito em muitas coisas, mas em você, eu acredito I don't believe in many thin

Poesia: Uma gota de esperança

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  E lá estava ela... numa estante de emoções inserida numa taça de vinho feita de cristal... uma gota de esperança... Sensível tangível porém um pedacinho ínfimo de crença... Assim nascia está ignota e singela poesia lírica... Todavia, todas as manhãs, bem cedinho, colocávamos uma pitadinha de fé e observávamos ansiosos por uma reação, insignificante que seja... Podíamos ver os seus olhos brilharem em suas curvas, ao dançar exibindo a silhueta nos zigue-zagues de cada momento... Ah como é lindo demais imaginar em que você se tornaria... A expectação até doía aqui no peito... Você sempre se mostrou fantástica e exuberante, quando, mesmo em silêncio conseguia incutir em nós uma segurança surreal mas tangível... A simples aproximação fez está rítmica nascer... E novamente olhar para a frágil peça de cristal possuindo-te mais do que a mim... Eu te amo minha pequena esperança.

Poesia: Pessoas são como Maria-Fumaça!

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