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Mostrando postagens de julho 22, 2009

A Ausência

Eu deixarei... Que morra em mim o desejo de amar... Os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar... Senão a mágoa de me veres... Eternamente exausto. No entanto a tua presença é... Qualquer coisa... Como a luz e a vida. E eu sinto que em meu gesto... Existe o teu gesto... E em minha voz a tua voz. Não te quero ter... Porque em meu ser.... Tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim... Como a fé nos desesperados Para que eu possa... Levar uma gota de orvalho... Nesta terra amaldiçoada... Que ficou sobre a minha carne... Como nódoa do passado. Eu deixarei... Tu irás e encostarás a tua face... Em outra face. Teus dedos enlaçarão outros dedos... E tu desabrocharás para a madrugada. Mas tu não saberás... Que quem te colheu... Fui eu, porque eu fui... O grande íntimo da noite. Porque eu encostei minha face... Na face da noite... E ouvi a tua fala amorosa. Porque meus dedos enlaçaram... Os dedos da névoa que estão... Suspensos no espaço. E eu trouxe até mim a misteriosa essên