Aconteceu e pronto...

A doença estava disfarçada como um inimigo oculto

Quantas noites se passaram para se descobrir que as ânsias eram sinais conflitantes de que alguma coisa estava por acontecer, nos trabalhos e com algumas dores suportáveis, num emprego sem convênio e assistência médica, colocando-se a disposição de momentos longos nas filas de emergências dos postos do SUS. Até que um dia... Um novo emprego, com proposta animadora de proventos, e bom convênio e assistência familiar... mas, alguns meses depois (providência divina, com certeza), as novas crises surgiram e agora com mais força, de maneiras a ser lançado com emergência em internações. Dias vem, dias vão, e a doença se instaura e com diversos exames vem o laudo "Retocolite ulcerativa inespecífica"... Levando-me imediatamente a afastar-se das atividades laborais e ao INSS. O terrível medo, pelas concepções duvidosas para com esta instituição da administração pública... e para se concretizar haviam erros na administração privada onde trabalhava e muito mais, de sorte que foram 16 meses sem proventos e sem previsão...
Uma longa jornada de dor e resistência, sem auxílio e custo de vida necessária
Durante este interím... Doações de arroz, feijão, leite e muita dívida acumulava-se, e restrições de crédito, não podendo trabalhar e não podendo nada fazer... Amarrado com profissionais capazes de fazer, mas sem fazê-lo... Inicia-se o treinamento de viver com pouco e guardando-se da ganância e do esbanjar avarento. Tudo muito de perto se via, grande desperdício de gêneros que se poderiam doar as nossas necessidades, tais quais, entre elas as palavras de interesse por nossas misérias e nada mais, apenas interesse de saber como conseguimos suportar a cada manha e a cada anoitecer, sem ter alguma ajuda que fazer...
Várias perícias e muitas esperas, até que enfim chega-se o rendimento esperado, que tornara-se insuficiente para tamanha dívida contraída na praça... O emprego não vem, a ajuda escoa-se e esquivam-se de nós os transeuntes, como se fosse contagioso achegar-se perto de quem pudesse transferir a necessidade, como um virus aleivoso...
Nas muitas tentativas pela busca a respostas.
Deus, não tem deixado rastros de como se resolveria aquela drama vivenciada pela família, mas, nunca deixou-a desamparada... O pouco que lhes era necessário, se chegava a sua mesa, e mais nada:
Precisávamos de um valor alto para quitar os compromissos com as parcelas da casa, a cada mês até o término do pagamento, sempre chegava o valor, tranferindo-se a ansiedade para como viria a parcela do mês seguinte?...
Quando a última colher de pó, se processava no coador de café, outra cesta básica batia a nossa porta, e com direito a sobremesa para a filha de 07 anos...
Até mesmo um carro se providenciou, para a locomoção da família para a igreja, exames necessários, e para a assistência a famílias mais próximas a nós. MAs como se manteria, com combustível e impostos se não tinhamos emprego?...
A cada ida a igreja, o providencial retorno nos era concedido por Deus, usando outras pessoas e desconhecidos a nós, não a eles e a Deus...
Um certo dia, tinhamos acabado de chegar na igreja e, um senhor de muita idade, chegou-se bem perto e perguntou se eu era o irmão Wagner, e na confirmação, colocou amassado um pedaço de papel em minha mão, achei que era pedido de oração, mas quando abri era uma nota de R$ 50,00... e o único pedido era, não diga que eu te dei... para ninguém...
Quando chegou o dia de licenciar o carro e pagar o IPVA, não tinha nenhum vintém, mas como teimoso aos impulsos do coração, fui ao banco ver se minha conta já estava negativa, a ponto de estar bloqueada, e ao ver o saldo, no Banco da Caixa Econômica Federal, o espanto, havia caído o abono salarial do governo, como direito a quem tinha recebido até dois salários mínimos nos últimos doze meses, o valor foi suficiente para quitar tudo do carro e ainda fazer a revisão. um salário mínimo R$ 380,00, com certeza Deus, cuida de minha família...
Com o desejo sonhador
Fazer faculdade de psicologia, durante toda a minha vida. MAs, logo agora? Sem poder fiz o vestibular e passei no ranking 16º e como de praxe, não tinha condições e quando estava indo para a faculdade cancelar a matrícula, uma irmã chamou-nos a conversar em sua humilde casa, naquelas visita, revelou-nos o desejo de nos ajudar com as despezas, já que estávamos passando por dificuldadde, e disse que gostaria de pagar a faculdade, o telefone e a internet, tão necessária para baixar os estudos, hoje já estamos no terceiro semestre... e o único pedido é, não fale para ninguém...
Deus, não tem nos desamparado, mas não consigo ouvi-lo falando comigo, Ele não se manifesta para falar o que realmente está planejando para nós. Desejo ardentemente deixar de depender dos outros, mas, as portas não se abre, e agora que preciso de um emprego, o nome está no SCPC e em outros orgãos... Ainda que Deus, não queira falar, eu sinto que fará alguma coisa, pois é tão vergonhoso ter que pedir ou receber alguma coisa para a família, quando não se fez nada por merecer aquilo...
Em um certo hino a cantora Rose Nascimento diz: "Se tanta gente, tentou te ajudar, mas não deu, Não julgues, porque é Deus, tem coisas, que só Jesus faz"
Estou as vesperas de um concurso e no curso direi, quem verdadeiramente cuida de minha família. Os planos podem ser improváveis para quem tem um visão deturpada da verdade, mas uma coisa podemos estar certo " Aquele que começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo"
Obrigado Senhor, pois assim como ao rei Davi: "Não me deste muito, para ensoberbecendo, não esqueça de ti e não me tem deixado passar fome, para não blasfemar de ti, me deste o que convinha a teu servo" E e por isso te adoramos, por sua administração.

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