Poesia: Odisséia do sonho

Certo dia caminhávamos num edílico caminho onde pássaros revoavam em
sintonia com o ar...
Sua canção ecoava pelos ares e era levada pelos ventos...
Parecíamos convidados a viajar nas
melodiosas pausas tonantes de seu assoviar...
O dia sendo lindo como lindo sempre será...
Nos sonhos daquele que não quer acordar...
Chegamos até ao riacho e lá paramos e vislumbramos
as alvíssaras que nos projetaram e devanearam nossos progenitores...
Vimos nossos semblantes
refletidos lá... lá.

Percebemos a brisa que cortava em balaios as folhagens dás arvores que em embalos zumzunavam outra canção... e sobrevindo investidamente
contra nós indicava um belo entardecer
cheio de alegrias e surpresas...

Aquele dia parecia formidável... precípuamente incólume, repleto de flores e verde espaço temporão...
Té que sorateiramente por nós passa apressuradamente uma eqüidina
com suas formas gritantes...
Absortos que estávamos chegamos a gritar, mas, ele saiu e
sumiu arredio por entre as folhagens
deixando somente lembranças... lembranças.

O que mais parece, não se parece no que aparece e ainda focamos
o que somente projetamos do introjeto... internalizado!!!

O estranho é belo em sendo belo o feio...
O chato é nunca estarmos acordados
em nossos próprios sonhos...
sempre adormecemos o sono do prazer indolente
e despertamos o improfícuo da realidade...

O jeito é acordar...
sem compreender cada acontecimento
de um sonho que começou como terminou,
sem sentido mergulhado em diversas interpretações...

e por isso...

...acordamos!!!


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