Éramos servos de Faraó.

Leitura bíblica:

Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, estatutos e preceitos que o Senhor nosso Deus vos ordenou?
(Deuteronômio: 6. 20)
Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó,  no Egito; porém o Senhor nos tirou com mão forte do Egito.
E o Senhor fez sinais grandes e penosas maravilhas no Egito, a Faraó e a toda a sua casa, aos nossos olhos;
E dali nos tirou, para nos levar e nos dar a terra que jurara a nossos pais.
(Deuteronômio 6.21-23)

Muitas pessoas, contam as suas histórias, e as coisas que aconteceram em suas vidas, que são testemunhos maravilhosos. Se cada pessoa que participou de uma grande libertação, seja de uma divida, opressão, problemas na família,  escrevesse ou contasse sua vida daria para salvar as outras que ainda vivem em servidão. Temos nesta passagem, uma espetacular libertação de um povo Escolhido, Preparado, Introduzido, Preservado, Multiplicado e Libertado,  pela mão do Deus único, que prometera e cumprira a sua palavra a Abrão:

Então, disse (Deus) a Abrão: Saiba decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos.
Mas também eu julgarei a gente a qual servirão, e depois sairão com grande fazenda.
(Gênesis 15.13-14)

Gosto da conjugação do verbo: Passado, Presente e Futuro. Nesta passagem temos um tempo,  e está no passado "Éramos" quer dizer que eles não eram mais escravos do Egito, o povo não estava mais sob o julgo de Faraó, tanto é verdade, que nesta ocasião, o povo de Israel já estava liberto, e há 1 ano e 3 meses aproximadamente, longe do Egito. Deuteronômio, é o livro das repetições ou lembranças, portanto, um memorial para testemunho às gerações futuras. 

Quando digo, que éramos servos de Faraó, no Egito, tenho que ter em mente, que Faraó,  já não respira ameaças a
minha vida, e o mais importante, eu não estou mais no Egito! Quero com isso dizer, que muita gente, vive com pavor, e assombrado, por Faraó, mesmo estando liberto dele, e vivem suas vidas como se estivessem presos ainda, e no Egito!

Você não serve mais a Faraó!

Você não está mais em custódia no Egito!

Você está liberto, da opressão, pela mão poderosa do Deus Todo-poderoso, que fez os Céus e a Terra. Aleluias!

"Ele faz justiça aos oprimidos..." (Salmos 146.7)

"Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão..." (Galatas 5.1)

Consideramos o que Deus fez ao reino de Faraó:
Enviou as dez pragas que foram chamadas de "penosas maravilhas" Deus acabou com o cárcere,  destruiu a masmorra que te prendia, arrebentou com o Egito, esmagou toda a possibilidade de volta para lá. Gosto da liberdade em Cristo, e muito mais agora, sabendo que Ele "Nos tirou com Mão Forte".

Glorifico, à Deus por isto: "...Porém o Senhor nos tirou com mão forte do Egito." (Deuteronômio 6.21b)

Ele nos tirou... Ele nos tirou!!!

Não escapamos. Não fugimos. Nós fomos tirados,  e com "Mão Forte" Em analogia ao povo de Israel, O Senhor, tirou o povo, do lugar da escravidão! 

#DeusPoderoso.

O Criminoso quando foge, fica apavorado e vive escondido... Não pode nem ouvir, o som da sirene, que se apavora! Quantos estão apavorados pelos gritos e rugidos do falso leão?

Quando Deus tira do Egito, não tem como voltar. Mesmo que você queira. Pois, há duas palavras, uma de Deus, que diz: Nunca voltarão ao Egito, e a sua: Não nos seria melhor voltarmos ao Egito? Deus conhecia o povo que tinha um sentimento inconstante,  Ele não podia trabalhar cedendo aos desejos tão voláteis do povo.

Temos o testemunho maravilhoso da libertação do povo de Israel, descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Ficamos imaginando, aquela cena nos anais da história: O povo, entrando no Império Egípcio, com apenas 75 almas, habitam na terra de Gosén, pois eram pastores, começam a multiplicar-se, vai nascendo dinastias e morrendo dinastias faraônicas,  e o povo multiplicando-se, sobe ao poder um Faraó que não conhecia a Deus e nem a história de José, percebe o crescimento exponencialmente fértil do povo hebreu, e teme, e começa a opressão para ver se obsta o crescimento, mas o povo crescia ainda muito mais, Faraó manda matar os filhos machos, Moisés nasce, é ocultado, colocado no rio num cesto betumado, achado pela filha de Faraó, criado, educado, torna-o príncipe do Egito, Moisés percebe a aflição do povo, busca defendê-los, comete assassinato ao opressor, sai do Egito, Deus o encontra em Midian, Fala com Moisés no Monte Horebe, Moisés volta ao Egito,  afronta à Faraó,  Faraó enfrenta-o, Deus manda Moisés proferir as pragas, o Egito começa a ser desconstruído pelas pragas, O povo enjeita aos hebreus, Deus manda o povo despojar o Egito, O anjo da Morte assola aos primogênitos do Egito, A saída maravilhosa pela mão forte do Senhor!

Aleluias! Aleluias! Aleluias!

Éramos servos de Faraó, no Egito; porém o Senhor nos tirou com mão forte do Egito.

Lembranças do Egito.

Quais suas lembranças, de quando estavas no Egito? Quantas pessoas, hoje, vivem lembrando das coisas que lhe ocorreram, no Egito, com o objetivo, de se colocar numa posição de coitadinho e dizem aos outros: - Você sabe como eu sofri, você já passou pelo o que eu passei? Outros se orgulham do seu passado, dizendo: - Quando eu estava lá,  eu fazia assim. (Os peixes e a cebola do Egito). Misturam o saudosimo com indignação. Comparando o presente com Cristo, e o passado com Faraó. Comparam o presente liberto, com o passado em escravidão. Essas comparações, são feitas de forma negativas, ressaltando mais o passado, do que o presente. Transformam o presente com Cristo, algo insustentável e lembram do passadosem Cristo, com brilho nos olhos, "Quando estávamos no Egito, era diferente!"

Ninguém lembra dos momentos difíceis, ou das decepções. Faraó oprimia, e apertava o jugo, e prendia, mandava açoitar,  aumentava o trabalho com fadigas e amarguras. Para que tivessemos direito a comer pão e peixes com cebolas e pepinos, deveríamos nos submeter aos seu ódio pelo nosso crescimento e prosperidade.

Ninguém lembra, que enquanto estávamos no Egito, Deus, nos abençoava, com a resistência aos ataques de loucura de Faraó. Deus nos multiplicava as forças e abençoava as nossas crianças, o nosso gado, o nosso lar. Éramos mais resistentes às doênças. Não percebiamos, que Deus estava nos preparando para a nossa libertação. Mas Faraó percebia, e comentava sobre você: "- Porquê este povo, é tão próspero, e cresce aceleradamente?" Ele estava preocupado pois toda vez que passávamos perto, ele nos media de cima a baixo. "- Como são tão fortes e viçosos? "

Será que nos lembramos, de Faraó no Egito, ou de Deus no Egito? Os olhos do Senhor, estava sobre nós!

Experiências no Egito.

Quando lembro-me dos ensinos e das coisas que aprendi, no Egito, não ignoro, não desprezo, pois são experiências, que podem somar para a nossa caminhada, mas não são elas essenciais, sem a direção da experiência com Deus. Fomos treinados para julgar,  mas no momento do julgamento, julgue segunda a orientação de Deus. Na faculdade aprendemos a ser juiz, mas Deus nos orienta a não julgar segundo a aparência. Quando falo de experiência, falo de capacidade,  falo de faculdades apropriadas, adquiridas e conceituadas. Suas experiências sem Deus não vale nada. Davi, falou ao rei Saul, que tinha experiência, pois lutou com o urso e o leão, por uma ovelha, nao teme do pela sua própria vida. Deus estava controlando as experiências de Davi com convicções de uma grande vitória, num testemunho convincente, pois mesmo que a aparência do menino não ajudasse, seu testemunho era impolgante!

Pois veja, qual monarca deixaria um garoto, franzino, inexperiente na arte da guerra e sem armadura, lutar contra um valosoro Gigante, que seu brado fazia estremesser as estruturas de todo o exército de Israel?

O reino, a reputação e o orgulho do rei estaria em xeque. A nação estaria nas mãos de uma criança!

Quais suas experiências no Egito e com Deus?

O testemunho de um povo liberto.

Somos libertos do quê, do medo, da ansiedade, das mentiras, dos pepinos e cebolas, ou estamos libertos do Egito, mas estamos trazendo as coisas que deveríamos ter deixados, lá?

Se porventura há convicções em nosso coração, se sentimos a nossa vida liberta, então porquê não testemunhamos?

Seria o nosso testemunho, uma vergonha para nós, ou aquilo que você viveu até ser libertado, te envergonha mechendo com o seu orgulho?

Tudo bem, considerando que tem pessoas que não possuem a habilidade de testemunhar em público, então faça como Davi, chame o rei Saul em particular. Mas, você tem uma missão, um testemunho a ser transmitido à próxima geração. Lembre-se, temos que falar aos nossos filhos, e quantos deles nos fazem perguntas do tipo:

- Por que tenho que ser crente?
- Por que tenho que ir a igreja?
- Quais são os testemunhos e ordenanças que nos deu o Senhor?
- Que maravilhas foram feitas no Egito?

O povo que saiu do Egito, não era o mesmo que resistiu ao deserto, e nem o mesmo que estava com Josué! Foram três gerações, uma que saiu, outra que entrou e a outra após Josué. Nos dias de hoje, correremos o risco de não termos mais a lembrança das coisas que Deus fez nos dias de nossos avós,  ou nossos netos não vão lembrar do que Deus fez em nossas vidas, por quê deixamos de testemunhar.

Quando teu filho te perguntar.

Nos dias de hoje, muitos filhos não perguntam nada a respeito da fé. O diálogo religioso ou espiritual, era o bem maior nos tempos dos patriarcas,  em cultos familiares e reuniões solenes, que se faziam, como ações de graças pelas vitórias ou bênçãos alcançadas. Nos dias de hoje, não deixamos os nossos filhos perguntarem nada, e nem nos reunimos mais para falar.

Onde estão os cultos domesticos? Onde estão as perguntas, dos nossos filhos? Onde estão os nossos filhos?

Será que teríamos coragem de responder as suas perguntas, ou não deixamos as perguntas fluirem, por quê não sabemos as respostas, ou não temos coragem de responder?

Estamos querendo que os nossos filhos cresçam,  por si só,  e nem nos importamos com o que eles aprendem.

Quando foi a última vez que o nosso filho, nos perguntou alguma coisa?

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