POESIA: O doador da vida

Dá-me Senhor Deus Bendito,
Sua misericórdia enquanto dito,
Minhas tenras e toscas palavras.
Dá-me por tua graça e virtude
Sem mesmo olhar minha negritude,
Até minhas imperfeições.
Pois somente tu és,
Aquele que nos dá nos revés
A imerecida vida e respiração
Dá-me ó criador da criação...
Antes que me venhas o indolor,
Diante a uma partida paupérrima
Sem o que pertence a ti, o louvor...
Pois meu silêncio seria pior que o teu!
Entoando-te mesmo constrangido o folegar,
Misericórdia venhas desafogar,
Calando-me na ingerência do gemido
Dá-me meu Senhor bendito,
Pois obsequioso e perplexo estou,
Anseio por ti como a andorinha e o grou,
Entrenebrecido  minha visão ficou,
Invadas minha expectação.
Esquadrinhas óh, o meu coração...
Dá-me ó da-me ó Vigia da minh'alma,
Dá-me tua brevidade para que me vá ao cântaro...
Dá-me tua aquiescencia para que finde o gemido,
Se puderes dar, a ti pertence o que a mim prevenido.
Como arguirei Àquele a quem tudo é pertencido.
Dá-me ó meu divino prescrutor,
Sua misericórdia e graça Salvador...
Pois olhando eu as tuas mãos,
Vejo-me nelas a fenecer.
Sinta-me então, ó meu bom samaritano.
Meu volitivo e sequioso ser por amor.
Dá-me ó meu Senhor.
Se quiseres bem podes levar-me aos átrios,
Dá tua presença, bálsamo e vida.
Ora, da-me ó Senhor!
Dá-me por despojo a minha vida.

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