A vontade de Deus

Diuturnamente penso na vontade de Deus, e de como seria realizá-la, abaixo encontrei alguns comentários de professores e mestres que eu tive a oportunidade de vê-los ensinar numa plêiade, onde estive presente, Pr Antônio Gilberto, um deles, fala com muita propriedade e segurança acerca da vontade de Deus, em alguns aspectos em nossas vidas, mas, indago em mim mesmo:

- O que é a vontade de Deus?

Eu nasci, do modo que nasci, cresci e me desenvolvi do modo que Deus quis, e hoje penso na vontade de Deus de como continuarei a viver!

A vontade universal de Deus para todas as coisas, afim de realizar seus propósitos...
A vontade de Deus para todos, independente da vontade individual...
A vontade de Deus para alguns, segundo o seu propósito específico...
A vontade de Deus para outros, que buscam a própria vontade...
A vontade permissiva de Deus, naquilo que não interfira em seus propósitos...

Em Colossenses 4.12,
- Paulo escreveu: “Saúda-vos Epafras, que é dos vossos; servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus”.

A vontade de Deus, no sentido individual, é o Seu querer e direção para a nossa vida pessoal e em todo o nosso viver e agir, em todos os aspectos da vida. A maior honra e privilegio do homem depois da Salvação é ter a oportunidade de fazer a vontade de Deus. Adão foi criado com esse privilégio, mas perdeu-o por causa do pecado (Rm 7.10). A vontade de Deus é assunto altamente prioritário na oração de todo filho de Deus, todos os dias (Mt 6.10; 1Jo 5.14).

Deus dotou o homem de três extraordinários poderes ou faculdades, a saber: Intelecto, Sensibilidade e Vontade, sendo o poder da vontade o de maior responsabilidade. O poder da vontade (ou poder volitivo) é o nosso poder de escolher, de querer, de decidir e resolver:
(Jó 5.6; Gn 24.5b; Js 24.15; Is 1.19; Mt 23.37).

Textos-base para o estudo da vontade de Deus são:
Colossenses 1.9 e 10 (Devemos CONHECER a vontade de Deus);
Efésios 5.17 (Devemos ENTENDER a vontade de Deus);
Salmos 143 (Devemos orar para APRENDERMOS A FAZER a vontade de Deus);
Colossenses 4.12 (Devemos ser CONSUMADOS em toda a vontade de Deus).

Quatro tipos de vontade podem haver em nossa vida: a vontade de Deus, a minha vontade (= a vontade da carne) (Rm 7.18; 1Co 9.27; Jo 21.3) – essa vontade, mesmo sendo "boa", não é vontade de Deus –, a vontade de outrem ou de outros, e a vontade do diabo (2Tm 2.26).

*** A vontade de Deus é manifestada sob dois aspectos: a vontade geral ou universal de Deus e a vontade individual de Deus para conosco.

*** A Vontade Geral de Deus é a chamada “providência divina”. São o Seu eterno plano, Seus eternos desígnios e Suas leis gerais em andamento (Ef 2.10; 3.11; Sl 119.91). Ela é manifesta através de Suas leis cósmicas, físicas, naturais, morais, cívicas e espirituais. A vontade geral de Deus é universal.

*** A Vontade Individual de Deus para conosco é a Sua vontade específica para cada indivíduo. Essa vontade individual de Deus não é determinista, fatalista, cega, arbitrária, que anula a liberdade do homem como homens, como ensinam os predestinalistas. Essa vontade individual de Deus pode ser Sua vontade permissiva ou perfeita.
- A vontade permissiva de Deus pode ser vista em passagens como Salmos 106.15 e Números 11.18.
- Já a vontade perfeita de Deus, em Romanos 12.2.

VONTADE DE DEUS, COMO DESCOBRI-LA

Jesus, quando agonizava de tristeza e pavor no jardim de Getsêmani, precisou buscar aceitar vontade de Deus:
"Todavia, não seja como eu quero, e, sim, somo tu queres". (Mat. 26:39).

- Podemos supor que a vida de oração de Jesus muito envolvia essa questão de discernir a vontade do Pai, em todas as circunstâncias de sua vida. Procurando diretrizes quanto a essa importante questão, ofereço as seguintes observações:

1. Evitar trivializar a questão da orientação divina, aplicando-a a toda pequena questão. Há pessoas que adquirem o mau hábito de dizer, a todo instante: "Deus assim quis", "O Senhor mostrou-me isso", "Deus me guiou". Tudo, desde a cor das toalhas de banho, até à marca de automóvel que a pessoa guia, toma-se motivo de busca da vontade divina. Mas a verdade é que há muitas coisas a cerca das quais devemos utilizar nosso próprio bom senso, pois a respeito delas deve, certamente, haver uma divina indiferença. Conta-se a história de um homem que, ao olhar para fora da janela de sua casa, observou que alguém batera no seu automóvel, deixando a lataria ligeiramente amassada. E, então, comentou: "Não sei por que, Senhor, quiseste que teu carro fosse acidentado", como se aquilo pertencesse à vontade divina de Deus. Essa abordagem à vontade divina é infantil, e, de fato, é o tipo de coisa em que as crianças envolvem-se, em seu relacionamento com seus genitores, onde cada coisinha fica sujeita à aprovação de "papai" e "mamãe".

2. A Questão do Desenvolvimento Espiritual. O homem elevadamente espiritual mui naturalmente mostrar-se mais sensível para com os requisitos divinos em sua vida do que o homem que continua imerso no materialismo, no egoísmo e nos vícios. O indivíduo deve usar os vários meios de crescimento espiritual (ver sobre Desenvolvimento Espiritual, Meios do) para que esteja condicionado e possar e conhecer a vontade divina, tendo a força necessária para segui-Ia. Entre esses meios, podemos pensar na oração, um agente primário na busca pela vontade divina. Esse agente pode operar arranjando as circunstâncias, embora também possa provocar a iluminação. Não nos devemos esquecer do toque místico. O homem está sujeito a receber iluminação através da meditação ou através de outros exercícios espirituais. Outrossim, os dons espirituais, como o conhecimento e a sabedoria, podem manifestar-se de forma real através da mediação do Espírito Santo; e assim a vontadede Deus pode tomar-se clara para nós, quanto a casos difíceis.

3. Condicionamentona Santificação. Essa é uma questão importante no tocante ao desenvolvimento espiritual do indivíduo e à sua receptividade à voz de Deus. Sem isso, um homem deixa muitos obstáculos na sua vereda, e decepa as linhas espirituais de comunicação.

4. Condicionamento no Treinamento para Cumprir a Própria Missão. Uma importante parte nessa questão de cumprirmos a vontade de Deus consiste naquilo que fazemos com as nossas vidas, de modo a cumprirmos as missões que devemos realizar. Se um homem preparar-se para Ir, por meio da educação e da experiência, a fim de ser um bom instrumento quanto à tarefa para a qual foi designado, então, automaticamente ele haverá de receber orientação divina quanto à tarefa que deve realizar, bem como acerca de como deverá fazê-lo. Mas o indivíduo preguiçoso, que negligencia o seu desenvolvimento pessoal e que ignora a busca pela excelência, não estará preparado para muita coisa. Assim, seria inútil tal homem saber o que o Senhor quer que ele faça, porquanto não se preparou como devia para a tarefa. Posições extremistas, como a do anti-intelectualismo, com freqüência servem de refúgio para os preguiçosos, os quais preferem poupar trabalho. Quanto mais reduzimos o escopo das habilidades humanas, e suas possíveis aplicações, tanto mais reduzimos o homem, no que concerne a como a vontade de Deus pode estar operando nele.

5. A Lei do Amor. Queremos fazer a vontade de Deus, não para servirmos ao próprio eu e, sim, para servirmos melhor ao próximo. Se essa for a nossa atitude, então estaremos em um estado espiritual em que agradará a Deus dar-nos sua orientação. Ao dirigir-nos, Deus capacita-nos a servir melhora o próximo. Sempre que o amor for real e vital, sempre o Senhor nos orientará.

6. O Bloqueio Egoísta. Em vez de viverem a lei do amor, muitos ocupam-se em atividades egoístas, e ainda invocam a Deus para ajudá-los nisso. Tiago ensina-nos que Deus não está muito interessado por esse tipo de atividade: "...pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tiago 4:3).

7. Condicionamento Final. Aquele que está sendo transformado à imagem de Cristo (Romanos 8:29), para compartilhar da natureza divina (2° Pedro 1:4) para participar da pleroma (plenitude) de Deus (Efésios 3:19), e que está sendo guindado, pelo Espírito, de um grau de glória para outro (2° Cor. 3:18) naturalmente tomar-se-á um homem que não somente saberá qual é a vontade de Deus, mas também será de tal modo transformado que lhe serão dadas coisas significativas para fazer, em consonância com a vontade divina. Ocasionalmente, vemos gigantes espirituais, que recebem tarefas gigantescas a realizar. Devemos emular tais pessoas.

Fonte: Pastor Antônio Gilberto, Enciclopédia Russell Norman Champlim.

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