Poesia: Onde está a Amizade?

Ela não se esconde, não está nem arredio...
Por Incógnita a vemos no  grupo varonil...
Nas reuniões suntuosas...
em classes magestosas...
Nos becos e favelas e também nas cidadelas...

O quê ela fez de especial e onde está a sua canção?
Ela seria a relação recíproca do amigo com seu irmão!
A ponte na estrada do morro ao Serradão
Daquele pobre vilarejo e a venda do seu João

Como metal tinindo estremece o coração
Palpitando na partida e em toda emoção

Onde se encontra ela meu amigo, e indago ao colegão?
Que ficou tão ambíguo e com as mãos estendidas, jogado pelo chão?

A amizade ficou só e sozinha que judiação!
Todos ficaram agrupados na ironia da sua conjunção!
Amontoados numa festa sem ter a convicção
Que se esqueceram de convidá-la em acintosa convocação;

Morre triste o morimbundo que anda só por este mundo;
Buscando consolo deste então na companhia da solidão.

Amizade não se presta ao que pode e se obriga a revidar...
Amizade não se pesa na roda lúdica das aparências...
Pois quando chega a evidência todos se afastam da inocência.
Amizade não se presa, pois não é algo que tem pressa
Ela é calma e singela, não se deixa esfoliar, não empresta a ninguém que a faz dever.
Não se entrega a alguém que a faz o amor tremer...

A amizade sai quando o interesse entra por seus espólios e os fazem enriquecer e a ela a amizade, tadinha, empobrecer...

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