POESIA: Foi tão intenso aquela paixão que te entreguei...
Foi tão intensa a paixão que concentrei ali...
Foi tão intensa aquela paixão que te entreguei...
Ao concentrar toda a minha paixão e colocá-la na caixa preta das emoções...
E ao confiar a minha devoção a você, sob pena o segredo intenso do meu coração...
Tudo estava ali...
Era tudo o que eu sentia pelo nosso amor...
Ela não poderia ser aberta, sob pena de maldição...
A não ser, quando a lua sangrasse em cor de mel e suas gotas caíssem num leito puro e branco...
Os seu segredos poderiam ser revelados...
Uma personificação expectral do verdadeiro eu, tomaria forma, para bem ou para mal...
Você não fazia ideia do poder daquela escolha e decisão...
Porém ao assentar-se sozinha sob a lua negra da negação...
Dissuadida do perigo em sua inquietação...
Rompeu-se o juramento e machucou o coração...
Decepcionada com o que descobriu e azedando o seu destino...
Lançou ao desprezo a devoção do meu segredo e a ignomínia paixão...
Foi tão intensa a paixão que concentrei ali...
Foi tão intensa aquela paixão que te entreguei...
Havia uma quebra de promessa e uma amarga consequência...
Não somos obrigados a nos apaixonarmos...
Não somos bárbaros para o coração vilipendiarmos...
Porém você ignorou uma promessa...
E tudo que aprendemos, você estava a ensinar as sombras da lua escura a uma outra aventura...
De longe com dores e lágrimas secas, via tudo o que lhe ensinei em obras alheias sob as cercas...
Em braços doentios...
Em brados e surrurros...
Impelido a ir ao local da nossa promessa, vi a casa do luar, derrubada e sob ruínas à beça...
Assentei e chorei sobre as murtas muchas e sem vida...
E debaixo de tijolos e poeira, encontrei a caixinha, porém estava totalmente aberta e completamente sem vida...
Foi tão intensa a paixão que concentrei ali...
Foi tão intensa aquela paixão que te entreguei...
O perigo que eu temia aconteceu, em expectro o segredo ali devotado levantou-se e sobre as asas do negro luar se moveu...
Para fazer justiça e promessa que se rompeu...
E rastreou o seu caminho, bloqueando e enegrecendo de tristezas, decepções e de amarguras o seu destino...
Todo o amor que te entreguei, foi envenenado pela traição de sua promessa...
Aquele que o recebia, sofria o impacto de suas ações minha querida...
Abandonada e sem alma, sua jornada se fez vazia...
Roubada de amigos e desprezada por sentidos...
Eras vigiada pelo carrasco destino...
Foi tão intensa a paixão que concentrei ali...
Foi tão intensa aquela paixão que te entreguei...
Você levou o meu sentido, deixando o amargo gosto saudosismo daquele tempo mal vivido...
Onde ainda sinto o sabor e o calor do seu abrigo... desprezo tão ambíguo por um amor tão genuíno...
Foi tão intensa a paixão que concentrei ali...
Foi tão intensa aquela paixão que te entreguei...
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