As asas do assolador...
Surgindo de súbito no cenário e sequestrando o campo de visão por sua aparência tétrica...
Aos poucos aproximando-se, dava para sentir o baforido de suas intenções...
Seu ar gélido e triste logo se percebia em sua fisionomia circunspecta...
Cada mínimo movimento era por demais assustador e preocupante...
Doravante, ao tornar público a sua fala... Percebia-se temulência intensidade e esforço muito forte...
Pela aproximação, dava para ver as discrepâncias de seu olhar que se perdia em direções contrastantes...
Seu ignoto fragor, demonstrava o mesmo pavor que inferia nos outros...
Para disfarçar tamanhas agitações, movia-se em ziguezague, para não deixar claro suas intenções...
Ora a sua intimidação derrubava um desavisado aqui, ora tombava um ali...
Não obstante, quando sentia que seus intentos e disfarces perdiam o poder da invisibilidade... Procurava aliar-se e fazer vassalos em tenra idade...
Porém, os avassalados eram mais perigosos que os seus escravos... Possuíam a liberdade de transitar e assentar, nas câmaras ocultas de seu saber e nas propínquidades do perigo, descobrir falhas que precisam ser esconderijo ou abrigo...
Muitos deles, vendiam suas integridades e seus valores, em perfídias negociatas, perdiam suas origens com os ofídios para poderem salvá-las na utopia...
O terrível intrépido, não baixava a guarda... Acostumou-se a ferir aliados, para colocá-los em vista... Para que os subjugados, espantados com tamanha truculência se esquivassem pela distância...
Porém a ponta do chicote causa mais estragos imprevisíveis e incalculáveis ardores...
Suas armadilhas prodigiosas eram colocadas em acintosas falácias... Sua cítara fazia, condoer-lhes os ouvidos ao reclinarem a cabeça feridos, não em reverência, mas aos sentidos pavoridos...
Ele estava lá, pujante e intimidador... Não confiava em seus nobres, nem muito menos no valor dos pobres...
Valia-se de ações superficiais para mostrar jactante piedade... Porém seu verdadeiro e sórdido intento era a maldade...
Então a única luta à se perder, era só e simplesmente desaparecer...
Escapa-te rendendo-te ó sobrevivente das hordas malignas... Até que o assolador passe!
Passe... passe...passe...
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