Abraça-me se puderes!

Eu queria apenas poder te encontrar…
Te abraçar com cuidado e carinho…
Olhar nos seus olhos e ser perceptivo as suas incólumes fraquezas…
Ser receptivo e sem reservas medos e incertezas…

Sem sabatinas de um íntegro juiz apaixonado!
Sem condenações pelos sinceros sentimentos aprisionados…
Queria apenas usufruir novamente daquela sensação extenuante…
Te abraçar e desbaratar-me no seu perfume inesquecível e preocupante…

Por favor, abraça-me com seus braços de desejos contraditante…
Por amor, deixa-me beijar suas mãos e tocar o seu cabelo esvoaçante…
Perceber em seu olhar, cada sonho e devaneio…
Permita-me que eu me perca em você por inteiro…
Abraça-me, bem daquele jeitinho apertado…
Como no dia da esperança de seu regresso transtornado!

Abraça-me com seu calor…
Pois despedaço-me como um quebra-cabeça, espalhando-me em todas aquelas peças…

Peças confabuladas por suas palavras inebriantes a um conflitante apaixonado…

Naquele teatro sem testemunhas enubladas, sem vítimas e sem algoz!

Lembranças são como pregos fincados em madeiras envelhecidas que amanheceram no bosque da ilusão!

Não Obstante…
Abraça-me se puderes!

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