Comentário: Nove Pensamentos Sobre o Silêncio

1. O segredo da alma.

Será incontestável onde a palavra não consegue se verbalizar, e num contexto imensurável onde os sentidos, abalam-se pelos afetos cognoscíveis. Surgiram temores somáticos, em que o ser interior, procurou expressar-se, mas por causa de um elemento conhecido como a ética moral aceita, e defendida pelos exprobradores, da sociedade hodierna, parece chocar-se com o indefeso ser, que se angústia pela volição que lhe devora os desejos. Poderia descobrir o verdadeiro desejo escondido por detrás de um ser que somente tem voz, por meios de lamentos reprováveis, tais como valores e questões terrivelmente derrubadas pelo meio do seu convívio. Geralmente, podemos observar que pessoas sentem a necessidade de dialogar, conversar e questionar as coisas inerentes a esta vida, mas, como poderemos distinguir um ser, que não tem a quem possa recorrer?
Com sussurro não se pode ouvir, nem mesmo de perto, dependendo da situação do sussurrante. É semelhante à pessoa que está triste, aborrecida e inconsolável por causa de suas indagações internas, sem mais nem menos, emudece e fica aos cantos choramingando pela casa. Por que diria? Por que falaria? De formas absurdas, e indeléveis encontraria uma maneira de se expressar. Como? Quando? Pra quem?

Outras abordagens seria interessante desenvolver para o enlevo intelectual e cognitivo:

2. O monólogo da alma.
3. luta por uma voz.

Quem te deixa falar? sabe aquele momento em você entende do assunto, quer participar da conversa, acha interessante e conhece a matéria? Até olham pra você, dando a impressão de que querem que você participe, mas, você toma um nocaute, na luta por essa oportunidade e baija a lona, pois aquele comentário que querias fazer, já passou, e não faz sentido voltar ao assunto. Ainda tem aqueles que com coragem dizem: - voltando ao assunto... , Mas alguém lembra de uma coisa mais interresante e... de novo você fica sem voz... Parece desabafo, mas, isto acontece com muita gente, e leva-os a comprarem suas passagens para o silêncio, e depois de comprada, os amigos olham pra você e diz: -Tadinho, tá com problema!!!

4. A conquista do silêncio.
O silêncio não é apenas um momento em que o mundo se cala, ou até mesmo o falante se guarda do expressar ou verbalisar de seus conceitos, é algo mais abrangente, muita coisa existe por trás de um simples momento silêncioso. Quando ouvimos falar de vida após a morte, logo tentamos galgar esta explicação, pois é complicada para nós tal pensamento. Então, quando alguém ou nós nos calamos, começa aí uma conversação intrapsíquica, ora ninguém sabe, mas, estamos conversando, e nesta mesma linha de raciocínio, Vygostsky, relata que somente produzimos o pensar, depois que participamos de conceitos formulados pela interação dialética da sociogênese. O eu calado, fala mais expressando sentimentos imaginários e na tentativa de solucionar problemas inconclusos, meus sentimentos privados não serão condenados por ninguém, por mais que não sejam aceitos socialmente, e se reprovável, será condenado apenas por mim, devidos aos meus julgamentos impostos pela internalização que obtive da sociedade onde convivo e participo. e como diz Freud, com o tal do recalque (repressão) onde serei julgado e condenado pela minha própria consciência. A minha masmorra terá como condenação o escuro silêncio.

5. O receio do ser: A minha reflexão sobre esse tópico:




Estamos diante de uma questão absolutamente, ou absurdamente difícil de aceitar. Descobre-se um ponto no espaço, e naquele ponto há algumas ligações com outros pontos, criando assim uma ramificação ínfima, que nos leva a descobrir que ao entrar em um ponto desses, podemos desencadear uma tremenda descoberta que, irremediavelmente, parece não ter como voltar ao ponto de partida. “Como quando percebemos numa bela jovem, as características que nunca conseguimos perceber, quando tínhamos a oportunidade de usufruir da amizade e até um relacionamento mais “calliente”. E que agora essa coisa rouba-nos os sentidos de como tudo isso começou, mesmo que agora, os caminhos estão impedidos por causa de outras vertentes, outros pontos que mencionei anteriormente, ligados a essa jovem, que não nos permite investir na aproximação da descoberta, mas, que nos engoda, e nos trai os sentidos do ser. O momento torna-se delicado. Quando percebemos uma oportunidade de escapar dessa armadilha, pela decepção que o receio do ser nos causou, pela descoberta que há outro ponto, amarrado ao seu ponto de interesse, e quando prestes a perecer a correspondência do apercebido, parece fluir nitidamente uma reciprocidade como um resquício surto de esperança, e então, é nesse momento que não percebemos a armadilha imposta pela oportunidade, causando assim um receio de que essa reconquista do passado perdido se tone pernicioso.
Ignorando essa percepção, procuramos não descuidar da chance que fora percebida em algumas palavras que dão indícios que o outro ponto da ramificação também deseja o elo, mas não consegue interpretar as mesmas ciladas que por ora está disseminando.

Ainda poderíamos explorar...:

6. A descoberta do medo (o reconhecimento).
7. A aflição após a decepção.
8. O silêncio da memória anterógrada.
9. Como ressurgir das oportunidades de novas armadilhas do silêncio.

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