Nenhuma condenação na Memória.

- Quando sou confrontado com as suas histórias, não contadas por ti, mas, comentadas por personagens, que, durante muito e muito tempo, acompanhou sua trajetória,  trajetória esta, cheia de perplexidades e confusões. O passado foi feito, para ser usado para lembranças, e somente isto, se nos esforçarmos um pouco mais, pode-se tomar vantagem na idéia de modelo para corrigir erros no futuro, mas passado, será passado e nunca presente. O presente que se chama hoje, pode guardar segredos e estes podem ser manchas, ou sobras do passado que não conseguimos resolver naquele momento.

Clarice Linspector disse: "- Se passado fosse bom, seria sempre presente." - Tenho o direito de discordar, mas dependo do contexto.

Existe uma máxima popular: "- O teu passado te condena."

Suas histórias, foram escritas em sofrimentos, tristezas, dificuldades e desapontamentos, mas também houve ranhuras de alegrias, conquistas, acertos e realizações, talvez possamos ter registrados momentos cruciais como sendo os melhores da nossa trajetória rumo ao êxito, entretantos, estamos marcados por decepções mal resolvidas, coisas que gostaríamos que nunca tivesse acontecido em nossa vida  se pudessemos teríamos deletado de nossas memórias, mas, elas estão sempre lá, todas as vezes que voltamos as cenas que remontam os tempos de confusão e dor. Neste passado há algumas história que se encontram nas perpendiculares, tangendo-se como se fosse uma só parte. Quando lembro da citação - O teu passado te condena - Conjecturo - Ainda há alguma condenação, para os que estão em Cristo Jesus? Ou não estamos condenados ou não estamos em Cristo! Receio não poder objetivar a minha subjetividade acerca deste assunto, por quê, meche comigo, com minha própria existência,  o meu eu, o nosso eu. Estamos mesmo em Cristo, ou alguma coisa que nos persegue pode nos acusar e nos levar aos tribunais da acusação condescendente?

 - Quando novamente olho para você,  depois de ter examinado minha própria vida e história,  fico também perplexo - somos iguais e somos diferentes - naquilo que não quero ser, eu sou, e naquilo que quero ser, não sou!

Minha história as vezes me indigna e me deixa pesaroso... É verdade que somos um ideia de continuidade, uma internalização dos ensinos dos nossos progenitores, entretando  o quê é nosso  verdadeiramente? É facil ouvir a expressão - Como se parece com fulano!? - Pensamos nisto sempre, mas isso pode ser tomado como elogio, em que parte?

 - Novamente eu olho para você e sua história. Procuro me achar nela, e me perco nos devaneios de que seja profícuo, salutar, mas , as vezes desapareço em meio ao ser enebriante.

- Como sou diante de você?
- Como sou longe de você?
- O que penso e ajo com e sem você?

Minha história, observada pelo contexto de comportamentos diante de situações idiossincráticas da vida. A mesma experiência,  pra nós dois, a mesma dor e a mesma reação seria possível errarmos da mesma forma?

A minha condenação ou absolvição dependerá da habilidade de meu advogado, de convencer não somente ao Juiz, mas a mim mesmo. Sou condenado naquilo que eu mesmo me condeno, se me sentir assim, assim serei. Será que nestas condições o paracleto, desistirá ou assumirá a causa, para me mostrar irrepreensível diante daquele com quem devemos tratar. Pois, tenho por certo que NADA passará desapercebido ao seu julgamento!

Cremos portanto, que Jesus, ofereceu-se uma vez só,  para expiar as nossas culpas em seu corpo, para depois se apresentar como Cristo e Senhor.

Ah! A minha história...

Sei que pode afetar as muitas seções no divã dos psicologos e psiquiatras!

Era uma vez uma história de quem pode contar...

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